O grande dilúvio e a mitologia dos povos

O que você precisa saber sobre o grande dilúvio e a mitologia dos povos:

Todo mundo já ouviu a história bíblica de um homem chamado Noé que construiu um barco enorme após a ordem de Deus para escapar de uma grande inundação que iria atingir a Terra.

Noé e sua família entraram na arca quando começou a chover sem parar. Depois que as águas baixaram eles desceram em terra seca e seguiram perpetuando a vida e estabelecendo um novo ciclo na humanidade.

Mas você concorda comigo que isso pode soar como uma fábula ou um evento distante de uma possibilidade real de acontecimento se não tivermos evidências concretas?

Hoje os geólogos sabem que é inegável a existência de uma grande inundação que aconteceu na Terra há milhares de anos, isso por causa de formações geológicas de dimensões cataclísmicas que estão presentes na topografia do planeta.

Essas evidências são indiscutíveis até mesmo para os céticos e para os maiores especialistas no assunto. Existem vários documentários a respeito disso em plataformas de streaming e em canais na TV fechada. Mas essas não são as únicas evidências.

Além disso a arqueologia já descobriu registros de várias civilizações antigas em tabloides de escrita cuneiforme, em monumentos e em pinturas de parede a respeito de histórias semelhantes a do dilúvio bíblico: Uma grande inundação que teria coberto a Terra e também a história de povos que foram salvos das grandes águas junto com animais por terem entrado em um imenso barco ou em mais de um barco.

Os sumérios também têm a sua própria história do dilúvio que é muito semelhante à da bíblia e é ainda mais antiga que o Gênesis.

Inundações e dilúvios geralmente provocados por Deus ou pelos deuses com o objetivo de acabar com a humanidade inteira são tópicos presentes no imaginário de muitos povos antigos do Oriente Médio à Índia, da Oceania às Américas.

Mas isso serve como indício de que a história de um dilúvio tem muita chance de ter acontecido, de ser real, de estar presente na lembrança de povos que ouviram de seus antepassados e que o fato de ter sido um evento tão grande, memorável, traumático e universal fez com que ele tenha sido registrado e passado de geração em geração por muitos povos que viviam em diferentes regiões do planeta.

Porém ainda mais interessante do que cogitar que o dilúvio pode ter sido real é o fato de que antes do dilúvio coisas impensáveis podem ter acontecido na Terra até Deus decidir acabar com aquela civilização e recomeçar toda a história humana.

A maioria dos teólogos e de pessoas que estudam a bíblia irá dizer que o motivo tem relação com a maldade dos homens. E eles não estão errados.

Mas não é só isso. Em Gênesis 6 a bíblia fala que seres chamados de “Benai Elohim” (traduzido como filhos de Deus, mas o correto seria anjos) se encantaram com a beleza de mulheres humanas, coabitaram com elas e do cruzamento nasceram gigantes que se tornaram dominadores da Terra antiga. Então a Terra teria se enchido de violência até que Deus mandou o dilúvio pra fazer um “reset” na humanidade.

Existe um livro apócrifo chamado “livro de Enoque” que tinha muita relevância dentro da tradição judaica e apesar de não ser levado a sério pelos teólogos atuais ele também era considerado importante para discípulos que foram testemunhas oculares de Jesus, tanto que ele chega a ser citado algumas vezes no novo testamento para fazer referência ao dilúvio e ao juízo de Deus contra esses anjos rebeldes.

No livro de Enoque toda essa história é contada em detalhes: Os Benai Elohim eram anjos que fizeram um pacto e se rebelaram contra Deus, deixaram o seu domicílio(dimensão espiritual) para invadirem a Terra e possuírem mulheres humanas, fazendo hibridizações que geraram raças de gigantes. Eles as tomaram como esposas e ensinaram a elas magia, encantamentos e sortilégios. Além disso eles ensinaram aos homens a fabricação  de espelhos, armas, espadas, escudos, braceletes, além de astrologia, astronomia, observação de estrelas, de planetas e movimentos da lua, e também os ensinaram a fazer ornamentos, pinturas corporais e toda sorte de corantes para que o mundo fosse modificado.

Eles fizeram intervenções através de manipulação genética e ensinaram todo o tipo de conhecimento secreto dos céus e tecnologias, modificando a natureza de homens e animais, espalhado a violência e a perversão, e tornando a Terra uma colônia de experimentos e de besta-feras, contrariando todo o propósito original da criação de Deus no planeta.

Você imaginaria que antes do dilúvio a Terra poderia ter sido habitada por civilizações que possuíam tecnologia avançada e cidades fortificadas com construções megalíticas?

Segundo o livro de Enoque esses seres que vieram dos “céus” se tornaram os senhores e os deuses do planeta. Os Benai Helohim e os Nephilins(gigantes híbridos) são apontados como os dominadores do mundo antigo e perversores da humanidade.

O dilúvio pode ter sido uma medida de pura graça de Deus para interromper essa proposição, caso contrário é provável que a humanidade já teria sido extinta ou a Terra teria se tornado um planeta de monstros e bestas. É possível que sem esse recomeço do dilúvio não teríamos tido a chance de chegar até aqui como civilização.

Mas o que que tudo isso tem a ver com a mitologia dos povos?

Se você prestar atenção na verdade essas coisas tem tudo a ver com as histórias que são contadas na mitologia dos gregos, romanos, egípcios, persas, nórdicos, celtas, fenícios, maias, astecas, nazcas, ameríndios, africanos, indianos, chineses, japoneses e em mais de 1500 culturas espalhadas pelos 4 cantos do planeta em todos os continentes, pois em todas elas encontra-se elementos que são muito similares a aquilo que é narrado no livro de Enoque: Seres que desceram dos céus para ensinar coisas diversas aos homens, deuses que se casavam e tinham filhos, gigantes que eram reverenciados, criaturas hibridizadas e etc.

Além disso a arqueologia não pára de descobrir cada vez mais cidades, pirâmides e até estradas submersas no mar, e também achados, pinturas, objetos, artefatos e registros de povos antigos que contam esses mesmos mitos.

Existem muitos povos que dizem que os seus antepassados conviveram com deuses e com gigantes. Os Annunaki e os Viracocha são alguns exemplos de divindades lendárias, extra-terrestres ou seres que teriam vindo dos céus para trazer conhecimentos aos homens.

Flávio Josefo é um historiador judeu muito conhecido, que foi quase contemporâneo ao tempo de Jesus. Ele afirma que aqueles seres pelo qual veio o dilúvio eram os mesmos deuses das mitologias. Para ele os deuses gregos são os mesmos de Gênesis 6.

Parece muita ficção cogitar que a Terra já viveu uma trama envolvendo invasão de “extra-terrestres”, ou “anjos”, ou “deuses” que puseram em prática um plano macabro de  fazer experimentos, abusando de manipulações genéticas, modificando a natureza, criando seres bestializados, desenvolvendo civilizações avançadas, com cidades enormes, construções megalíticas, ensinando aos povos diversos conhecimentos dos céus, da astronomia, das estrelas e que possuíam tecnologias que até hoje não compreendemos bem.

No entanto todas essas coisas são hipóteses baseadas em descobertas arqueológicas, registros compartilhados por diversos povos que vieram sustentando um conhecimento comum, em livros antigos, na bíblia e nos achados mais recentes que nossa tecnologia só está sendo capaz de detectar através de mapeamentos do fundo dos oceanos, equipamentos sofisticados, escaneamentos de satélites e etc.

São muitos padrões que se repetem e histórias que estão ligadas entre povos que nunca tiveram comunicação.

Platão falava sobre uma cidade antiga e lendária que foi engolida pelas águas: A famosa Atlântida. Seria ela uma metrópole do mundo antigo? Pelo menos os egípcios guardavam o registro dela em suas bibliotecas e diziam que ela era uma cidade poderosa e tecnológica, até que veio o cataclisma.

Mas a questão é que o mundo antigo pode ter sido muito maior do que as pessoas imaginam e talvez você se pergunte como existiram povos diferentes que registraram sobre o dilúvio se apenas Noé e sua casa teriam sobrevivido.

Pra responder essa pergunta: Primeiro que a bíblia não é um livro que tem a intenção de ser literalmente exato. Os escribas que registraram o dilúvio não tinham a noção das dimensões do planeta como nós temos hoje. Portanto a história que lemos foi contada conforme o relato ou a observação de quem vivia em épocas remotas. Talvez até acreditassem que a região que eles conheciam era tudo que havia no planeta. O dilúvio tanto pode ter sido universal quanto parcial. Ele pode ter atingido todo o planeta ou parte dele, de modo que ele tinha uma finalidade e que a inclusão dessas informações nas escrituras servia pra informar as pessoas que o evento aconteceu.

Na própria bíblia, por exemplo, em livros posteriores, há o registro de que ainda existiam gigantes na Terra muito depois do dilúvio, o que reforça essa ideia. 

É dito que um gigante chamado Ogue dormia em uma cama de 4 metros. E o rei Davi, por exemplo, é descrito como o responsável de ter matado Golias, o último descendente dos gigantes.

De modo que não é possível afirmar e também não seria razoável negar que possa ter existido outras arcas semelhantes a de Noé ou outros povos escapando de diferentes formas ou civilizações que teriam sobrevivido em porções de terra seca.

O importante na história do dilúvio é que o mundo antigo foi sepultado pelas águas. Então a humanidade teve a chance de recomeçar, apesar de que a memória, os costumes, os mitos, as histórias e grande parte da influência das civilizações pré-diluvianas tenha se perpetuado até os dias de hoje por causa de povos que mesmo após o dilúvio continuaram revivendo as tradições de seus antepassados, passando para as gerações seguintes, reconstruindo seus templos, seus observatórios de estrelas e de planetas, seus costumes e seus conhecimentos.

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