A interpretação das visões

Nos artigos anteriores eu contei sobre a visão do mapa do Brasil que o Senhor Deus mostrou diante de mim e também a do piso superior da congregação quando eu fui arrebatado em espírito.

Esses eventos aconteceram há mais ou menos uns 13 ou 14 anos atrás porém faz muito pouco tempo que eu pude interpretar várias partes cujo significado estava oculto pra mim.

A simbologia da sigla ES que estava sobre o mapa do Brasil obviamente tem relação com o Espírito Santo de Deus e sua presença naquela região. Mas mesmo assim talvez isso não diga muita coisa. Certamente Deus tem muitos servos em Manaus, no Amazonas, no Brasil e em todo o mundo, espalhados pelo planeta.

Deus é Espírito e é onipresente. Ele está em todos os lugares e está também especialmente no meio daqueles que o invocam com sinceridade. Jesus disse onde dois ou três estivessem reunidos em seu nome ali ele estaria. Dele vem o sopro de vida da criação e tudo que existe foi criado por meio dele. O profeta Isaías viu serafins que voavam por cima do trono de Deus e diziam que toda a Terra está cheia de sua glória.

Então as letras no mapa poderiam representar algum tipo de manifestação divina específica que poderia estar ocorrendo em Manaus ou talvez um mover de Deus ou até mesmo uma grande obra sendo realizada pelo seu Espírito.

Mas o que seria?

Eu já tinha algum conhecimento que era suficiente o bastante para entender que os moveres que estavam acontecendo naquela época em Manaus carregavam a natureza de manifestações religiosas fanáticas e profundamente adoecidas, que eram lideradas por homens exploradores, mercantilistas da fé. Eu sabia que a sigla “ES” sobre o estado do Amazonas que Deus me mostrou poderia significar qualquer coisa menos a validação das ações daqueles lobos em pele de cordeiro que vinham expandindo os seus “negócios” lucrativos envolvendo a manipulação de vidas humanas.

Quem já transitou no meio dos círculos evangélico-protestantes provavelmente deve estar familiarizado com a palavra “avivamento”. Qualquer crente me diria que aquela sigla do Espírito Santo sobre o estado do Amazonas representaria um avivamento naquela região. Foi isso que disseram quando eu contei sobre a visão do mapa do Brasil para algumas pessoas na “igreja”.

O que eles chamam de avivamento tem a ver com a multiplicação da manifestação de dons carismáticos e com a superlotação dos templos evangélicos por novos adeptos de sua doutrina religiosa. 

Tem a ver com a formação de membros de uma organização ou de um clube religioso onde supostamente as pessoas acabam sendo aceitas por Deus por pertencer, por frequentar e por pagar os seus dízimos como garantia do passaporte para o céu ou como barganha para não ser atingido por maldições.

É isso que muitos interpretam como salvação, novo nascimento, regeneração de vidas e expansão do reino de Deus. Fora dali não existiria ou seria muito remota a possibilidade de salvação, de vida com Deus e de caminhada na fé.

A igreja católica também reivindica uma representatividade como instituição intermediadora entre Deus e os homens, ou departamento oficial da revelação divina ou porta voz da vontade de Deus na Terra, mas esse não é o tema desse texto.

O fato é que as letras “ES” douradas que brilhavam em destaque no grande mapa azul não poderiam ser a representação de algo nefasto. Havia sublimidade no contexto daquela manifestação, além disso essa era a expressão clara do meu sentimento e do meu entendimento. Eu sabia que algo brilhante e divino estava relacionado com Manaus, mesmo que naquele tempo eu ainda não conseguisse ser capaz de identificar.

A visão me fez entender que eu faria um trajeto da minha localidade até aquela concentração de luz divina, obra do Espírito, manifestação de Deus ou qualquer que fosse o significado.

Enquanto vivia a minha vida eu mal fazia ideia  do que isso poderia significar. Depois de certo tempo parei de tentar entender.

Como um típico crente que está engajado na manutenção de sua vida espiritual eu ouvia as mensagens e as pregações de diversos nomes de destaque e mais um grande panteão de figuras que despontavam como oradores e mentores do segmento evangélico-protestante, além é claro dos que estavam em evidência no momento. Éramos ensinados dessa forma.

A religião e os seus pastores me adoeceram profundamente porquê foi colocando em prática os ensinos de sua teologia que a minha mente entrou em grave crise até eu acabar como um moribundo-mental cheio de transtornos “incuráveis” que pareciam permanentes. Provavelmente essa seria a minha sentença se o Espírito de Deus não tivesse intervido para me conduzir através do caminho da minha recuperação. Aquele não era o meu fim. Deus estava no controle de tudo.

No epicentro da catástrofe eu tive surtos e muitos momentos de confusão mental mas o grande problema não foi ter passado por experiências ruins e sim ter sofrido um prejuízo que parecia irreversível. Nesse instante eu pude dar valor como nunca à sanidade que um dia eu havia tido. Depois disso coisas simples de fazer se tornaram impossíveis. As minhas funções motoras e cognitivas pareciam completamente desorganizadas. Eu perdi a noção de espaço e de tempo. Além disso um monte de sensações estranhas passavam pela minha cabeça. Passei a ter ataques de pânico, crises de ansiedade e se tornou muito complexo sair de casa, participar de encontros humanos e praticar atividades simples. Por isso fui forçado a me isolar.

Contra a minha vontade eu acabei mergulhando em um estado muito depressivo e não via mais sentido pra viver assim. Então eu orei a Deus pra me levar desse mundo até que alguns dias depois eu peguei uma doença que quase me fez partir de fato.

Eu passei 30 dias tendo febres altíssimas que nunca cessavam e acabei perdendo 10 quilos no total. Passei por diversos médicos que pediram os mais variados tipos de exame. Ninguém sabia o que eu tinha. Nesse período eu alternava entre casa e hospital. A febre era tão intensa que eu não suportava. Então eu era internado até sentir que estava razoavelmente melhor.

As minhas plaquetas haviam baixado a um nível drástico. A febre não passava. Eu estava por um fio, à beira da morte. Diante de grande desespero eu percebi que eu não queria morrer: eu apenas não queria viver da forma que eu estava vivendo porquê aquilo não era vida. Então eu orei a Deus e pedi perdão. Eu clamei com grande arrependimento pela minha vida e disse que eu não queria partir ainda: eu queria viver mais no planeta terra.

Então eu encontrei amigos que diagnosticaram a doença e ajudaram com o conhecimento da medicina. Tomando os remédios certos eu melhorei rapidamente. Pela intensidade da toxoplasmose que fui acometido eu podia ter ficado cego mas a minha visão permanecia límpida e cristalina. Não havia nenhum resquício ou dano à minha vista ou aos meus glóbulos oculares, segundo o oftalmologista que me examinou.

Eu tinha a certeza absoluta que Deus iria me tirar daquele estado mental e foi o que aconteceu. Eu pude testemunhar o Espírito de Deus me conduzindo até os materiais corretos, as fontes de conhecimento, as ciências da mente, os profissionais que me ajudaram e mais do que isso eu pude me tornar grande conhecedor da psicologia, dos acessos ao inconsciente e aos labirintos mentais e seu processo de cura direcionado pela auto-análise.

A terapia com os profissionais e livros de cura emocional da Joyce Meyer me ajudaram a amenizar muitas das minhas angústias e abriram os meus olhos para escapar de muitas armadilhas da religião mas não resolveram completamente o meu problema e não foram capazes de chegar até a raiz dele. Eu tinha melhorado bastante mas ainda estava longe de viver o que no fundo eu sabia que tinha pra viver.

Então eu passei a assistir um programa pela internet de um homem que falava do jardim de sua casa em Brasília. Diziam que ele era um caído, herege e apóstata mas eu gostava do que ele dizia. Falavam que eu tinha que tomar cuidado com ele mas já era tarde demais: A minha identificação com suas palavras era visceral.

A voz do pregador parecia irresistível aos sentidos por causa de algo que eu não sabia explicar com exatidão mas que se conectava profundamente a mim. Ele falava de forma fascinantemente expontânea e sincera com uma autoridade própria que eu jamais havia visto em nenhum pastor, nenhum líder religioso e em nenhum outro ser humano. Em suas palavras eu encontrei apenas graça, riqueza, verdade, força, conhecimento, amor, consolação, leveza e direção.

Eu não conseguia mais parar de prestar atenção em suas palavras e comecei a ouvi-lo sem parar. Já faz uns 10 anos que eu continuo fazendo isso.

Eu estou falando do manauense Caio Fábio e seu programa online Papo de Graça.

Eu nunca havia o associado à aquela visão do mapa do Brasil onde Manaus estava em destaque, alias eu já tinha até me esquecido do evento.

Mas de um pouco tempo pra cá eu vim percebendo que Manaus tinha se tornado uma espécie de referência para a construção do meu entendimento espiritual, uma base forte de insights marcantes e profundos que mudaram pra sempre o meu comportamento e me levaram a me reencontrar. Isso porquê ouvindo o Caio falar de suas experiências na infância, adolescência e início de seu ministério quando morava lá eu pude aprender muitas lições extraordinárias de fé, de vida e de sabedorias em Deus que não se aprendem dentro da religião com os mentores daquela teologia rígida de preceitos morais e religiosos dogmatizados.

Isso tudo afetou completamente a minha forma de pensar e de viver para me tornar quem eu me tornei.

Manaus acabou se tornando pra mim um arcabouço de construções, experiências, inspirações, entendimentos e percepções que eu absorvi e que tornaram a minha vida mais brilhante, iluminada, vitoriosa, saudável, cheia de significado, de paz, de honra, de amor, de satisfação e de justiça. O evangelho de Jesus não torna a vida perfeita mas nos ensina a nos encaixarmos nela da forma adequada, assim como uma luva veste a mão.

Parece que nas palavras, nos ensinamentos, no testemunho e nas lições do Caio tinha algo que eu sempre procurei. A imensidão de sabedoria que saía de suas palavras foram o encaixe perfeito para a minha sede de profundidade e para a minha ânsia de resolução a respeito das questões mais complicadas e sutis que envolvem a espiritualidade. Ele abriu os meu olhos quanto a perceber a verdadeira espiritualidade de Jesus, e, ainda mais, sobre como pratica-la no mundo contemporâneo.

A minha confusão a respeito das religiões estava enfim achando a sua resposta. Jesus não poderia ser uma propriedade dos católicos e dos evangélicos, nem dos espíritas, dos islâmicos, dos candomblecistas ou dos umbandistas. Jesus é Deus apesar de qualquer tentativa de dogmatiza-lo ou usa-lo para interesses próprios, portanto a minha experiência de fé só pode ser baseada na palavra daquele que criou os céus e não na teologia ou na doutrina de uma organização religiosa criada por homens.

A igreja não se restringe a um gueto. Ela está espalhada por toda a terra e só Deus que sonda os corações é capaz de definir quem é e quem não é. Isso faz total sentido. A salvação não vem por uma religião ou pela informação de Jesus mas pelo pendor do espírito de quem ouviu ou não falar sobre ele.

Eu aprendi com o Caio a ter Jesus como chave interpretativa ou chave hermenêutica para ler as escrituras, para compreender a vida e para encontrar o caminho da nossa conexão perfeita com Deus. É simples assim: não necessitamos de outros mediadores.

Isso nos liberta completamente da religião, dos guias casca-grossa legalistas e dos teólogos e de suas elocubrações sistemáticas que reduzem a vida à um conjunto de regrinhas fabricadas com a interpretação de trechos obsoletos da bíblia ou montagens fora de contexto. Fazendo isso eles tentam restringir o comportamento das pessoas a uma série de lógicas lineares que só cabem nos dutos e nas canaletas de suas interpretações teológicas de um deus criado por aqueles que dizem saber tudo sobre ele. 

Deus na realidade não pode ser “teologizável”. Ele não está a serviço dos seres humanos e não cabe nessa engenharia reversa de dissecação acadêmica. Deus não pode ser estudado pelo intelecto humano mas ele pode ser discernido pelos olhos do coração. 

Quando olhamos para Jesus estamos vendo Deus e quando aprendemos a partir de Jesus estamos aprendendo de Deus.

A teologia e a religião tenta deixar as pessoas todas iguais, doutrinadas em série, como mínions, que obedecem ao comando pavloviano de um sistema de proibições e convenções que teoricamente seriam a marca da suposta conduta de um povo que diz ser a igreja. Mas em Jesus eu posso trilhar um caminho personalizado que é só meu. Eu encontro a minha individuação e posso desfrutar da liberdade de um oceano de possibilidades. Deus não chamou as pessoas para viverem dentro de um aquário.

Já fazem quase 10 anos que eu venho mergulhando nessa fonte de entendimento para viver, tendo os valores de Jesus como a rocha da minha fé e o Caio Fábio como o meu principal mentor no evangelho através do seu conteúdo online. Hoje eu entendo o significado naquela sigla “ES” que brilhava em destaque no mapa e sei que é uma pura e genuína manifestação de Deus, obra de seu Espírito, que teve Manaus como ponto de partida.

A importância de Manaus na minha vida sem dúvida ganhou contornos que eu jamais imaginei por causa da convergência desse legado que foi construído lá e que desembocou tendo o Caio como porta voz para o mundo. Muito do que eu sou hoje eu aprendi com o testemunho de suas experiências vivendo em Manaus e de seus antepassados que vieram influencia-lo. O próprio Caio cita no seu livro biográfico “Confissões de um pastor” que muitas partes dessas influências ainda vivem dentro dele.

Seu bisavô se tornou uma espécie de lenda local por conta de sua força quase sobre-humana, sua longevidade, suas histórias incríveis e o seu gosto por viver.

Seu avô chegou a ser prefeito de Manaus e vivia em um casarão onde cuidava de centenas de pessoas pobres e doentes que não tinham como pagar pelos gastos. A humanidade era a sua religião.

Seu pai era um homem aleijado de uma perna que se tornou imbatível em superação e inteligência. Ele acabou se tornando muito rico e influente em Manaus mas depois que se converteu ao evangelho se tornou um pastor que viveu experiências incríveis com Deus e abriu mão de todas as posses para viver um estilo de vida franciscano. Então se dedicou a pregar e ajudar a população ribeirinha da região.

Sua mãe era membro da igreja presbiteriana e teve uma forte intuição que veio a ser fundamental na influência de sua maneira de ler as escrituras. Segundo ela a bíblia era um livro diferente dos demais onde deveria começar a ser lida pelo fim: Primeiro o novo testamento, onde estão os relatos sobre a vida de Jesus para depois entender todo o restante.

E o Caio depois que se converteu ao evangelho começou a pregar. A sua mensagem sacudia a cidade. Então ele foi convidado a ser pastor presbiteriano mesmo sem ter feito seminário. O tema de sua tese de ordenação foi a salvação fora da religião. Seu testemunho de conversão era chocante e seu dom para pregar era notório. Inúmeras pessoas eram alcançadas, atendidas, socorridas e evangelizadas. As rádios queriam ouvi-lo, as universidades queriam entrevista-lo.

Ele ganhou programas de tv e depois passou a ter alcance nacional. Uma dia ele seria o criador da maior obra social da América Latina, a Fábrica de Esperança, no Rio de Janeiro, e também o presidente da Associação das Igrejas Evangélicas do Brasil nos anos 90, antes de se desvincular da religião por conta própria, ao perceber que o sistema religioso era incurável.

Eu não fiz nenhum esforço pra tentar cumprir aquelas visões proféticas da juventude mas de repente eu me lembrei delas. Sem perceber eu estava ali em uma rotina diária executando aquele trajeto da minha localidade até aquela manifestação do Espírito de Deus que tinha Manaus como epicentro para o mundo, sem que eu precisasse ter me deslocado geograficamente.

Isso foi possível graças à internet e aos dispositivos eletrônicos: celular, computador, tv e etc. Ou seja, eu fui até o Caio ouvi-lo de seu jardim através de um aparelho tecnológico que a ciência humana desenvolveu. O jardim de sua casa em Brasília com toda aquela ambientação vegetal cheia de árvores e plantas que serve de cenário, pra mim remete ao contexto simbólico daquelas experiências na “floresta” como um lugar espiritual e como uma representação da perpetuação de um legado vivo que veio da região amazônica para o mundo através da internet.

Lembra que o mapa na visão veio se tornar uma parte Brasil e outra parte África?

Aquela parte da África emendada, colada ou ligada ao Brasil representa o período histórico que vivemos, de um mundo conectado, ou continentes conectados, ou povos conectados. Tem a ver também com o significado de igreja no mundo contemporâneo, onde as distâncias geográficas já não separam os povos, as comunicações são instantâneas e as informações chegam de forma imediata.

O apóstolo Paulo na sua época caminhava longas distâncias, muitas vezes demorava meses na sua jornada se deslocando a pé, de navios ou de transportes rudimentares para anunciar a mensagem de Deus e levar o evangelho até as pessoas que precisavam ser alcançadas.

Já eu acabei sendo mentoriado sem nunca ter visto o Caio Fábio pessoalmente. Eu nunca o vi até hoje, a não ser pelas telas dos dispositivos. Será muito legal se um dia eu puder encontra-lo presencialmente. Mas o fato é que as configurações da modernidade alteraram pra sempre o nosso modo de viver, de aprender, de se relacionar, de se comunicar e de nos estruturarmos socialmente.

Essa arcaica estrutura religiosa do cristianismo, que teve sua fundação com o imperador Constantino e depois as suas derivações católicas e protestantes, não é a igreja de Jesus, apesar de existir pessoas dentro delas que fazem parte da igreja de Jesus.

O cristianismo sempre foi um inimigo da fé cristã. Quem conhece a história sabe disso. Eu não preciso nem citar as inquisições, as perseguições e a venda de indulgências que ainda se repetem hoje, porém em moldes mais modernos. Mas o fato é que com o esfriamento do amor a pouca qualidade de evangelho que existia nos templos cristãos está dando lugar à apostasia generalizada. É algo diabólico e sutil. É o mistério da iniquidade se instalando em todos os lugares.

Naquela visão no piso superior do mezanino de uma igreja do cristianismo lá eu podia perceber o medo, o pânico e a desesperança de muitas pessoas que fazem parte do sistema. Tem muita gente sincera vivendo sob escravidão e terror. Muitos são pessoas em busca da verdade que estão vivendo sob os moldes da configuração desse sistema religioso tirânico. Eles estão com sede para beber mas não encontram a água da vida.

Portanto hoje a igreja evangélica se tornou um campo missionário de tanta gente desorientada e perdida que necessita de uma ajuda, assim como também existem muitas pessoas que não têm nenhuma religião ou fé e precisam muito da palavra pura de Deus. Todos nós precisamos.

Lembra daquele ser na visão que falava comigo no piso de cima da igreja?

Eu não sei se era um anjo mas eu acredito que suas palavras vinham de uma ordem elevada.

Enquanto as pessoas na parte inferior estavam atentas ao palco da liturgia os meus ouvidos se voltavam para aquelas palavras celestiais que não vinham daquele patamar de baixo, terreno, fabricado, manipulado, previsível, morto, sem vida. Vinha do patamar de cima, e era brilhante, chocante, imprevisível, divino, poderoso e sublime.

Parece que é tudo isso que eu senti quando comecei a ouvir as palavras puras do evangelho de Jesus sem falsificação através do ministério de pregação do Caio Fábio.

Foi justamente me dedicando a ouvir as coisas elevadas esse tempo todo que eu me enchi de significados e percepções que salvaram a minha vida e me livraram do mesmo terror, da angústia, da confusão e da desesperança que aquelas pessoas estavam passando no patamar de baixo, na religião, dentro do cristianismo.

Eu passei a ouvir diariamente palavras vivas e cheias de poder que casaram perfeitamente com a minha fome e sede espiritual. Era isso: Eu queria Jesus mas não queria a imposição dos dogmas humanos e a teologia sistemática da religião.

O Caio fez com que eu enxergasse essa realidade, me ensinando a olhar a vida tendo Jesus como a chave interpretativa. Depois disso não tive mais nenhuma vontade de escutar os pastores da religião porquê tudo se tornou tão irrisório, primitivo, previsível, raso e simplista comparado com o que eu vinha ouvindo agora.

A minha fé só se fortaleceu, junto com a minha sede de buscar cada vez mais a vontade de Deus pra minha vida.

Eu já não tinha condições mentais de ir até as “igrejas” por causa dos traumas e dos ataques de pânico mas também já não encontrava mais necessidade de fazer isso. O meu pastor eu ouço todos os dias pela internet e a minha igreja agora não está mais limitada aos portões e aos muros da religião. Igreja é qualquer encontro humano, onde existam pessoas, porquê na realidade é isso que dá sentido a essa palavra.

A igreja de Jesus, da palavra grega eclésia, não é uma instituição ou uma organização, e sim um ajuntamento ou um encontro humano de sinceridade, espontaneidade, verdade, fraternidade e comunhão, dentro ou fora do templo.

Igreja mais do que nunca no mundo contemporâneo não se resume apenas ao confinamento ou ao ajuntamento presencial, ainda que possa existir sua relativa importância. 

Tem muito mais a ver com “ser” do que “frequentar”. 

Portanto não adianta nada se posicionar contra a religião se você não está disposto a se tornar alguém que é igreja, que vive como um discípulo de Cristo, que supera a mediocridade dos religiosos e que reprova os valores perversos da maldade humana e sua mentira.

Eu não sou contra nada, apenas sou a favor da verdade. É justamente por amar a verdade de Deus que eu não consigo ficar preso à mentira dos que falsificam a sua mensagem. Deus nos chamou para viver em paz, em liberdade e em consciência.

Os que alcançam a plena liberdade de viver em paz são aqueles que se abrem para a verdade e desenvolvem a sua consciência na fé, no amor, na justiça e na palavra de Deus.

Foi buscando isso que eu me desenvolvi e continuo me desenvolvendo. O que eu escrevo se tornou o resultado do que eu vim vivendo e aprendendo, portanto eu tiro tudo que tá dentro de mim e compartilho com vocês porquê o meu desejo é que vocês também recebam e passem adiante.

De repente me dei conta que os meus textos vinham fazendo várias pessoas se maravilharem e imediatamente encontrei uma ligação direta desse fato com a natureza daquelas palavras que me faziam maravilhar naquela visão do piso superior da congregação.

No finalzinho da visão havia tumulto, desespero, confusão, tensão, sinais apocalípticos, tremor, atmosfera escatológica, enquanto eu ouvia as palavras celestiais e depois fui arrebatado dessa terra, sugado pra cima por uma força descomunal.

Precisamos manter os nossos ouvidos atentos às palavras de Jesus e então caminharemos triunfantes diante do pânico, da ameaça, do desespero e da confusão que acontece no planeta. Um dia estaremos com o Senhor, caso partirmos dessa vida ou caso a sua volta aconteça enquanto estivermos vivos.

O dia e a hora de sua volta ninguém sabe, mas nós precisamos estar vigilantes e atentos em cumprir a vontade dele, enquanto temos tempo, enquanto se pode achar. É muito triste desperdiçar a vida enquanto temos tudo pra viver o melhor dela com Cristo.

Se você deseja buscar a Deus com todo o coração e se arde em teu peito a vontade de viver a plenitude do reino dele e alcançar mais vidas, eu te convido a se juntar a mim nessa revolução silenciosa através do meio digital.

Podemos fazer uma diferença entre as pessoas de boa vontade, agindo de forma discreta e ponderada, sem fanatismos e sem fazer estardalhaços, mas com coragem e amor, como uma pequena luz no meio da escuridão, sendo igreja e levando Jesus para as pessoas.

Não somos desigrejados. Somos a própria igreja do Deus vivo exercendo a vontade dele na terra, levando instrução e conhecimento das boas novas para as pessoas sem esperança e sem direção, levando a pregação da mensagem simples de Deus, sem falsificação e sem opressão, nesse mundo contemporâneo, onde os povos estão “conectados” através da internet mas “desconectados” de sentido.

Temos a tecnologia pra ser usada ao nosso favor. Com as mídias sociais podemos alcançar mais pessoas pra terem suas vidas impactadas e para se juntarem a nós. Vocês tem o seu próprio público que eu sozinho não consigo atingir. Muita gente pode ser alcançada.

Então se houver em ti o desejo voluntário e a livre disposição em fazer parte dessa obra eu te peço que compartilhe o meu blog e os meus textos com quem você puder. Mostre para as pessoas que você ama. Envie nos Stories, Instagram, WhatsApp e Facebook. Poste, reposte, publique e divulgue tanto os textos mais antigos como os mais novos e então avançaremos e ficaremos mais fortes.

Haverá perseguição mas também haverá o prazer da alegria que ninguém pode roubar. Você aprenderá o significado de sofrer por Cristo e o Senhor estará conosco nos ajudando sempre porquê ele é fiel em sua palavra e nos respaldará.

Eu vou considerar esse como um gesto de cooperação e fraternidade. Juntos estaremos iluminando caminhos, alcançando vidas e propagando o evangelho do reino nesse tempo.

“E disse-lhes [Jesus]: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.”

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