De uma forma geral dentro das relações conjugais a mulher realiza um trabalho que quase nunca é remunerado e muito menos reconhecido. Um trabalho que é essencial mas ninguém nota. É um trabalho invisível.
A maternidade, por exemplo, normalmente é muito mais exaustiva e exige muito mais dedicação do que a paternidade.
Qual é a mãe que abandona o seu filho?
É um pouco difícil encontrar.
Mas o que tem de pai que foi comprar cigarro e nunca mais voltou não tá escrito. Esses daí fazem a criança mas depois somem pra sempre. Não fornecem a atenção e os recursos para dar dignidade à vida que geraram. Dessa forma a mulher fica sobrecarregada.
É claro que isso não é uma generalização. Existe uma parcela de pais responsáveis e dedicados que cuidam dos seus filhos mesmo após uma separação ou no caso da criança ter sido gerada por uma relação causal.
Também existem mães desnaturadas que não refletem o padrão dessa essência feminina protetora e cuidadosa.
As mulheres que se dedicam exclusivamente a cuidar dos filhos e da casa merecem com toda certeza a sua honra, a sua parcela de remuneração e o reconhecimento.
Mas se a mulher trabalha e o homem não ganha muito dinheiro eu acho que é justo ela ajudar também um pouco com as despesas da casa.
É claro que o homem também precisa ser participativo e dedicado na criação dos filhos.
Se ele só pensa em trabalho e dinheiro, enquanto não busca o contato direto com o filho, deixando-o de lado, então descobrirá no final da vida que o afeto era tudo que ele procurava. Poderá acabar sendo o homem mais rico e infeliz do cemitério.
De um modo geral os homens reclamam que as mulheres têm abandonado a sua essência e se tornado cada vez mais interesseiras, superficiais e materialistas. E elas normalmente reclamam que os homens são mentirosos, descompromissados e irresponsáveis.
Eu não posso negar que todas essas características estejam presentes em uma grande quantidade de indivíduos tanto do sexo masculino quanto feminino. As reivindicações de ambos são justas.
Talvez muitos homens não vão gostar do que eu vou falar mas tente imaginar ao menos as implicações de uma gestação: O corpo sofre mudanças, a mobilidade é reduzida, enquanto que o estudo e a carreira são comprometidos e uma criança vulnerável agora depende de recursos, tempo, amamentação, cuidados, esforços e atenção exclusiva o tempo todo.
Enquanto isso as mulheres ainda têm que lidar com o abandono, a necessidade e a dificuldade. Muitas mulheres têm que se virar pra poder alimentar os seus filhos, promover o estudo, obter roupas, transporte, brinquedos, passeios e muito mais. Ou então muitas vezes, apesar de fazerem o seu papel com toda dedicação, elas ainda têm que lidar com um cônjugue preguiçoso, acomodado, que administra mal as finanças, ou que deixa faltar as coisas em casa enquanto parte da renda fica nos bares ou é gasto com prostitutas.
Quando ela conheceu o cara ele não tinha muita grana mas aparentava ter disposição para o trabalho. Era conservador, frequentava a igreja, então a coitada resolve apostar na relação e acaba terminando em uma situação calamitosa, passando necessidades, humilhações e as vezes até sendo agredida.
Quando se trata de alguns assuntos, enquanto muitos homens estão levando a vida como uma brincadeira ou um jogo de video-game existem muitas mulheres que estão com os pés plantados na realidade, jogando o jogo da vida real.
Portanto me diga se não é razoável e justo que as mulheres levem em consideração também os critérios do ponto de vista financeiro para selecionarem um parceiro e possível futuro pai para os seus filhos, principalmente se a mulher não teve a oportunidade de estudar e trabalhar para adquirir uma independência financeira, seja por causa da maternidade, da falta de condições ou por qualquer outro motivo.
Como o rapaz sem dinheiro não foi a solução pra nada então ela pensa: O cara que tem grana pelo menos vai aumentar as minhas chances de me dar bem ou de não acabar sofrendo tantas humilhações. O que nem sempre é verdade.
A vantagem de arriscar uma aventura com o cara mais abastado é que na pior das hipóteses, em caso de separação, pelo menos ela não vai acabar passando sufoco.
Nenhuma delas quer ver o seu filho passando necessidade e nem viver no limbo dessa união onde o marido é preguiçoso e não se esforça, ou não é capaz de conseguir recursos, ou não tem compromisso com as suas responsabilidades, para que ela tenha que o carregar nas costas.
É por isso que as mulheres podem encontrar dificuldades para definir critérios na escolha de um parceiro. Esses critérios fundamentalmente procuram também aquilo que trará segurança para ela e os seus filhos, não somente a segurança financeira, mas também a de outros espectros.
A alma feminina sem esperança que não acredita mais nos homens e até já desistiu da sinceridade no amor conjugal quer apenas encontrar um pouco de estabilidade. Por isso há aquelas que já nem ligam mais para traições e até fingem que não sabem de nada quando isso acontece. Elas perderam o seu senso de valor e estão satisfeitas tendo a provisão para viver.
Então muitas mulheres aos poucos vão se tornando assim: Vendidas, sem estima, frias, geladas, superficiais, materialistas, golpistas e amantes de dinheiro.
Relacionamento para muitas delas virou um contrato de negócio onde as cláusulas principais não tratam do afeto, da essência e dos sentimentos singelos mas sim de quanto dinheiro tem envolvido e quais benefícios materiais estão em jogo.
Mas enquanto as mulheres normalmente agem de forma mais passiva, guiadas pelo seu emocional dentro das dinâmicas de um relacionamento, o homem por natureza é o agente ativo. Ele é responsável por conduzir as rédeas e tomar decisões importantes. O bom funcionamento da relação depende de suas atitudes pró-ativas. Racionalidade e objetividade deveriam ser o seu ponto forte.
Eu não to dizendo que não podemos sentir emoções mas sim que as nossas decisões devem ser tomadas de forma mais objetiva e inteligente pois esse olhar estratégico do homem somado ao toque da prudência e do bom gosto feminino é o que pode aumentar as chances do bom funcionamento e da estabilidade do núcleo familiar.
Existem muitos homens que acabam permanecendo no polo feminino porquê são controlados pelas suas emoções. Eles não sabem pra onde estão indo.
Esses homens têm uma capacidade extraordinária de pensar com a cabeça de baixo em detrimento da cabeça de cima. Ele vê a lata e já fica animado, já chega com sede ao pote, querendo se envolver rapidamente e mal estabelece critério algum pra chegar na mulher ou pra permitir a aproximação dela, se ela for bonita.
Por isso eles não aprendem a se desvencilhar das investidas femininas e também não adquirem autoridade para reprovar as atitudes reprováveis das mulheres.
Eles não desenvolvem o domínio próprio mas se entregam à pulsão que está dentro de si por causa da escassez e do oportunismo, então acabam se envolvendo e se apaixonando pela mulher que não vai ser compatível com ele de jeito nenhum. E aí depois que já está apegado não consegue largar mas também não quer assumir.
Isso contribui pra gerar relações confusas, paixões doentes, pertencimentos inconclusivos, mulheres revoltadas, separações conturbadas, famílias desestruturadas e filhos desamparados.
Até que a bomba relógio explode e o cara não faz a menor ideia porquê as vezes as mulheres mostram um lado tão ruim.
A idade vai passando e o cara ainda tá vivendo uma eterna adolescência.
Isso significa que homens oportunistas têm uma maior propensão a acabar sendo vítimas de mulheres oportunistas enquanto que homens ingênuos demais também podem acabar sofrendo golpes por acreditarem em qualquer mulher. Eu acho que depois dos 18 anos o homem já tá muito velho pra viver uma vida de menino.
Por trás de uma parceira extremamente ciumenta pode existir um cara que no fundo gosta que isso aconteça e até provoca essas situações, dando brecha pra outras mulheres se aproximarem, para que ele possa mostrar que tem algum valor ou que é desejado.
Um cara com a auto estima baixa sempre vai ter uma insegurança a respeito de si portanto ele não consegue fornecer a segurança e a estabilidade para a pacificação relacional, por isso também não recebe o melhor das mulheres e não alcança aquilo que espera de uma relação.
O ciclo da escassez gera um paradoxo que faz com que os homens não consigam escapar dessa condição. Normalmente eles não tratam as mulheres como se elas fossem um ser humano normal por causa da escassez e da falta. Eles as colocam em um patamar de superioridade, mas ao mesmo tempo acabam as tratando muito mal também.
Então os caras acabam chegando nas mulheres o tempo todo, dando cantadas baratas, com sentimentalismos falsos, sendo ridicularizados e perdendo cada vez mais a sua credibilidade.
Eu não sei que foi quem disse que os homens deveriam chegar nas mulheres dessa forma, pra serem humilhados igual uns cachorros desesperados.
Se eles se aproximassem das mulheres espontaneamente e as tratasse bem, como qualquer outro ser humano, agindo de forma natural, sem pressa e sem expectativas, então conheceriam muito mais mulheres e teriam muito mais opções pra selecionar um alvo. Dessa forma aumentariam a sua chance de encontrar uma pessoa compatível e conseguiriam escapar do ciclo da escassez.
Fora do ciclo da escassez você não precisa chegar nas mulheres porquê elas mesmas chegam em você. O único trabalho é selecionar aquela que você se interessou e que faz mais sentido pra sua vida.
Isso te dá a possibilidade de avaliar bem uma mulher e conhece-la melhor antes de tomar decisões.
O problema é acabar ficando mal acostumado com o extremo oposto de nunca chegar em ninguém e permanecer no modo de espera. As mulheres as vezes instigam, provocam, sinalizam, convidam, dão em cima mas o homem precisa realizar a ação da conquista.
Até mesmo as mulheres mais “pra frente” vão tomar a atitude da conquista apenas até a página B. Depois que ela perceber que o cara foi fisgado ela vai querer ver ele tendo posicionamento.
Você precisa colocar os limites e remover os limites quando é necessário.
O seu trabalho é ler as entrelinhas, decifrar os códigos, captar as sutilezas, enxergar e agir.
Deixe um comentário