Eu sempre tive a facilidade natural para escrever, o que se tornou evidente pra mim no período da escola, quando eu tinha que fazer as redações no colégio e quando eu era submetido às matérias de Literatura e Português. As vezes eu nem estudava para essas provas e tirava uma das maiores notas da sala. Por quê pra mim sempre pareceu fácil fazer isso. Era muito natural pra mim entender sobre concordâncias, normas gramaticais e elementos da linguagem. Eu via outros colegas sofrendo muito nessas matérias, enquanto alguns deles tinham uma facilidade absurda em outras matérias que pra mim já era o motivo do meu desespero. Os meus textos possuem vários erros. Eu erro algumas palavras vez ou outra, até hoje, mas o importante pra mim é poder me comunicar.
É claro que o meu processo de escrever melhorou demais após a prática constante e o acúmulo de muitas experiências e conhecimentos. Enquanto eu escrevo eu vou tirando aquilo que está dentro de mim e vou organizando as ideias em estruturas de frases e parágrafos, como se eu tivesse falando com alguém mesmo. Ao mesmo tempo eu vou revisando algumas palavras e expressões pra tentar deixar a mensagem mais clara possível e fácil de entender pra quem estará lendo. As vezes eu também troco a ordem de alguns parágrafos para que a sequência fique mais adequada.
É assim que eu vou estruturando os meus textos.
Pra mim escrever é como esculpir porquê o trabalho de estruturação e significação contextual das palavras é semelhante a construção de uma escultura com o processo de entalhe. Enquanto fazia isso eu já tentei várias vezes escrever verdades absolutas inutilmente, até perceber que isto é impossível. O fato é que as palavras que existem nas linguagens humanas são como ferramentas, úteis para a comunicação, mas relativizadas pela própria condição daqueles por quem elas foram originadas no decorrer da história.
Não sabemos ser a verdade mas podemos ser transformados pela verdade se tivermos a coragem de nos submetermos ao choque do encontro com ela. A verdade não pode ser explicada, ela só pode ser encarnada. A verdade não é texto. É uma pessoa. Se observarmos essa pessoa, aprendermos com essa pessoa, imitarmos os passos dessa pessoa estaremos próximos de conhecer a verdade. Deus não pode ser estudado de forma acadêmica e sistemática. Deus não é teologizável. Deus só pode ser conhecido através de uma experiência pessoal com aquele que é a sua expressão exata, o seu filho Jesus.
Aquele que é maior do que Abraão, Moisés e Davi. Aquele que é maior do que o templo e maior do que as escrituras.
Se formos lapidados pela verdade não nos tornaremos perfeitos, mas coerentes, porque ainda que sejamos relativos estaremos apoiados na rocha eterna, até quando chegar aquele dia em que os nossos corpos corruptíveis serão substituídos por corpos “glorificados”, semelhantes ao corpo de Jesus após a sua ressurreição, quando ele apareceu para mais de 500 pessoas antes de subir ao céu e ser encoberto por uma nuvem. Nesse curto período ele ainda comeu peixe com os seus amigos e atravessou as paredes pois agora não estava limitado à condição espaço-temporal e às leis da matéria desse mundo.
O governador Pôncio Pilatos perguntou a Jesus: O que é a verdade?
Jesus silenciou porquê a verdade estava diante dos olhos dele.
“O caminho, a verdade e a vida”.
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